Um
vereador de Arapongas, no norte do Paraná, foi preso durante uma
operação do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)
nesta terça-feira (9). De acordo com o Gaeco, Valdeir Pereira (PHS) é
suspeito de superfaturar um contrato com uma empresa para digitalização
de documentos da Câmara de Vereadores.
Conforme
o Ministério Público do Paraná (MP-PR), o parlamentar é suspeito de
elaborar um contrato irregular de prestação de serviço em 2015 e 2016,
quando era presidente da Câmara de Vereadores.
O advogado do vereador negou que tenha ocorrido qualquer irregularidade.
Esquema
As
investigações apontaram que os donos da empresa contratada para
digitalizar documentos pagavam propina para o ex-presidente da Casa por
meio de repasses bancários realizados ao presidente do Conselho da
Comunidade de Arapongas.
A
promotoria apontou que o presidente do Conselho atuava como 'laranja'
no esquema. No entanto, Valdeir Pereira utilizava esse dinheiro para
pagar dívidas de empréstimos e agiotagem que tinha com o próprio
presidente do Conselho.
Foi
apurado que os repasses mensais, realizados entre 2015 e 2016, eram de
R$ 22 mil. O valor total ultrapassa os R$ 355 mil, mas pode chegar a R$ 2
milhões.
Além
de repassar os valores para o presidente do Conselho, o MP-PR detalhou
que o ex-presidente da Câmara ajudou o presidente do Conselho da
Comunidade a reduzir impostos cobrados. O vereador, conforme a
promotoria, atuou para diminuir, irregularmente, a base de cálculo de
impostos devidos de um imóvel.
Prisões e buscas em imóveis
Além
do vereador, o Gaeco também cumpriu mandados de prisão temporária
contra o presidente do Conselho da Comunidade e dois empresários, um de
Arapongas e outro de Mandaguari.
Também
foram cumpridos mandados de busca e apreensão em imóveis. Nos locais
foram apreendidas três armas de fogo, centenas de cheques e R$ 80 mil em
espécie.
do G1

0 comentários:
Postar um comentário