O Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à
Improbidade Administrativa (Gepatria), com o apoio do Grupo de Atuação
Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Militar,
cumpriu nesta sexta-feira, 26, dez mandados de busca e apreensão e
outros onze de condução coercitiva em vários endereços de Pinhalão,
Tomazina, Tibagi e União da Vitória. Os mandados foram autorizados pela
juiz Oto Luiz Sponholz Junior, da comarca de Tomazina, a pedido do
Ministério Público Estadual que investiga uma série de fraudes em
licitação e desvios de recursos públicos no Consórcio Intermunicipal
para Aterro Sanitário (CIAS) que tem sede e escritório administrativo na
prefeitura de Pinhalão.
De acordo o MP, os mandados de busca e apreensão recolheram
documentos e computadores na própria prefeitura, em empresas e nas
residências do ex-prefeito e ex-presidente do CIAS, Claudinei Benetti,
que também foi conduzido a prestar depoimento. Além dele, também foram
alvos de condução coercitiva a mulher de Benetti, Karine Gassnar, assim
como o ex-chefe de gabinete da prefeitura Sidnei Bueno, considerado o
braço direito do ex-prefeito no esquema. O contador do Município, Celso
Gimenes, que também realizava a contabilidade do consórcio, foi preso em
flagrante por posse irregular de arma de fogo. De acordo com a
investigação liderada pelo Gepatria, os alvos dos mandados são acusados
de irregularidades cometidas no consórcio, notadamente, fraude em
licitação, desvio de verbas públicas, emprego irregular de servidores
públicos do Município de Pinhalão. Conforme a denúncia do Ministério
Público, as fraudes foram cometidas durante a gestão do ex-presidente
Claudinei Benetti, que mesmo após deixar o cargo, continuava dando as
cartas dentro do CIAS. Benetti também é investigado por associação
criminosa e peculato.
A operação
A
operação desencadeada pelo Gepatria e Gaeco teve o apoio do 2º Batalhão
de Polícia Militar, com sede em Jacarezinho, além da Polícia Civil. As
buscas começaram nas primeiras horas da manhã na casa e nas empresas dos
suspeitos. Na Prefeitura da Pinhalão, os servidores que chegavam
para trabalhar foram surpreendidos pela movimentação de policiais e
promotores. Até por volta das 16 horas nenhum servidor pode entrar na
prefeitura, a não ser com autorização dos promotores. A operação também
cumpriu mandos em uma das empresas do ex-prefeito Claudinei Benetti. Os investigados foram encaminhados para prestar depoimentos nas delegacias de Tomazina e Ibaiti. Participaram
da operação os promotores de Justiça Kele Cristiani Diogo Bahena,
coordenadora do Gepatria em Santo Antônio da Platina, Anderson Osório
Resende, Joel Carlos Beffa, Fabrício Muniz Sabage, José Roberto
Manchini, Ricardo Fonseca Basso, Juliana Ribeiro Gonçalves e André Luiz
Bortolini, coordenador do Gepatria de União da Vitória. A
expectativa é que a promotora Kele Bahena conceda no começo da próxima
semana uma entrevista coletiva para explicar e comentar a operação.
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segunda-feira, 29 de maio de 2017
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